RK SP (24/07/2017)
Prefeito minimiza crise política na busca de investimentos para São Paulo na China
Fonte:Rádio Jovem Pan
O prefeito de São Paulo, João Doria, está em Pequim, a capital da China, buscando investimentos para a capital paulista. O foco principal do tucano é o programa de desestatização. De acordo com Doria, a confiança dos investidores acaba esbarrando na crise política do País, mas não é um fator preponderante para a tomada de decisões.
“Seria melhor sem a crise política, mas ela não é um fator impeditivo. Se fosse, nem sequer seríamos convidados para vir aqui à China. Estamos vindo todos à convite do governo chinês. Eles compreendem o Brasil como opção de largo prazo, não de curto ou médio prazo”, afirmou o prefeito.
Doria disse também que os chineses já estão no Brasil há um certo tempo e já presenciaram outras crises. Segundo ele, os asiáticos compreendem que a dimensão física, continentais e os recursos naturais do Brasil são superiores e maiores que as crises.
O prefeito afirmou ainda que os chineses confiam que em 2018 a situação será bem melhor e que a recessão chegará ao fim.
De acordo com o vice-presidente do Banco da China, Wang Yongli Cheng, indicou que a crise política não é saudável, mas para os que pretendem investir pensando futuramente, não há qualquer tipo de impacto.
Base de Doria critica empréstimo de R$ 1 bilhão para recapeamento
Fonte:Estadão Conteúdo
A base aliada do prefeito João Doria (PSDB) na Câmara Municipal criticou, durante o fim de semana, o pedido feito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 1 bilhão para um novo programa de recapeamento na cidade. Para o vereador José Police Neto (PSD), integrante da base, se a Prefeitura obtiver recursos nesse volume, o dinheiro deveria ser investido na retomada de obras de creches, hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que estão suspensas.
“A Câmara e o Tribunal de Contas do Município (TCM) não aceitarão recapeamento como investimento social jamais”, disse Police. “São dois os motivos óbvios. Recapeamento não é investimento, é custeio, manutenção de vias públicas. Segundo, as vias públicas são implementadas pela Secretaria de Obras, não pelas Secretarias de Saúde, Educação nem Desenvolvimento Social ”
Police disse “até imaginar a pressão que os seguidores das mídias sociais fazem”, mas que misturar um serviço de manutenção com investimentos não seria algo aceitável.
O vereador afirmou ainda que essa não era a prioridade expressa pelo prefeito ao elaborar a lei que criou o Fundo Municipal de Desestatização.
Grupo dos 17
Police é um dos principais articuladores do chamado bloco dos 17, grupo de parlamentares que faz parte da base de Doria, mas que, desde o fim do primeiro semestre, passou a votar sem alinhamento garantido com o governo. Essa “rebelião” acabou por atrasar a votação de projetos de lei do prefeito ligadas à desestatização – plano que
Doria foi apresentar a investidores chineses nesta semana.
Em Pequim, o prefeito rebateu. “O asfalto da cidade é uma questão essencial e de interesse social. Estimamos que o asfalto ruim traga um aumento de 10 a 15 minutos nas viagens de ônibus. Atrapalha ambulâncias, bombeiros, polícia”, afirmou. “Oito milhões de pessoas usam transporte público na cidade e merecem melhor qualidade.”
Doria disse ainda que seu plano é um grande projeto de recapeamento, com tecnologias mais modernas e maior controle de qualidade e que não o vê como um serviço de manutenção. “O último plano de recapeamento foi feito há mais de 12 anos”, disse.
Doria planeja lançar concessões do transporte público em conjunto
Fonte:Estadão Conteúdo
Para atrair mais a atenção de investidores estrangeiros, a Prefeitura de São Paulo planeja lançar ao mesmo período as três grandes concessões de transporte público: a operação dos terminais de ônibus, das linhas e do sistema de pagamento do bilhete único. Até agora, os processos vinham sendo tratados com cronogramas separados.
A estratégia, diz o prefeito João Doria (PSDB), é atender ao “grande apetite” de investidores árabes e asiáticos no setor. Doria, em visita à China, tem nesta segunda-feira (24) reuniões no Banco da China e no Banco de Desenvolvimento da China e deve focar as conversas em duas das três concessões: terminais e bilhete único. A estratégia é preparar terreno para negócios futuros. “Fundos soberanos árabes tomam as decisões pelos investimentos, mas na China os fundos financiam investimentos das demais empresas”, diz.
Desde a última revisão do Plano Diretor da cidade, em 2014, terrenos que abrigam terminais de ônibus têm o potencial construtivo aumentado. Empresas dispostas a zelar pela manutenção das plataformas de embarque, e investir para melhorá-las, poderão usar o potencial extra para fazer shoppings, hotéis, universidades e até salas comerciais. Dividida em lotes, é uma das oportunidades de negócio que Doria mostrará nesta segunda-feira.
A concessão do bilhete único também requer investimento inicial pesado, uma vez que a ideia é mudar a tecnologia.
“Queremos atrair empresas que farão o pagamento no celular”, diz Doria. A tecnologia de pagamento por aproximação, a NFC, que vêm se popularizando no mundo, ainda não emplacou no Brasil. No lugar do cartão de crédito, as transações financeiras são validadas pelo celular, e isso vale para o bilhete único ou qualquer outra compra. O sistema em que circulam cerca de R$ 7 bilhões ao ano – o da frota de ônibus – pode ser visto como porta de entrada para o mercado brasileiro.
Prazo
A data exata para o lançamento do pacote ainda não foi anunciada. Das três concessões, há mais urgência na da operação das linhas, que hoje funcionam sob termos acordados 15 anos atrás com as empresas e que, em muitas áreas, só funcionam por contratos emergenciais, tidos como mais caros. Doria, porém, diz não esperar que o interesse estrangeiro pelo investimento na infraestrutura do setor se repita na concessão das linhas, que serão voltadas a empresários brasileiros.
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